João Vitor de Paiva, jovem influenciador, palestrante e ativista pelos direitos das pessoas com deficiência, fez história ao se tornar o primeiro aluno com Síndrome de Down a concluir o curso de Educação Física na Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás). “Sonho realizado” resume a trajetória de João Vitor, que já é referência em inclusão no Brasil, com mais de 1 milhão de seguidores no Instagram e no TikTok (@jvdepaiva). Além de produzir conteúdo sobre acessibilidade, combate ao preconceito e empoderamento, ele também atua como palestrante em escolas, empresas e eventos institucionais.

Reconhecido como Jovem Ativista do UNICEF, João integra um grupo seleto de 100 jovens líderes globais apoiados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância. Em 2024, foi eleito o Melhor Influenciador Brasileiro na categoria Diversidade e Inclusão pelo prêmio iBest. Ator, modelo e agora oficialmente educador físico, ele reforça a importância de espaços verdadeiramente inclusivos na sociedade e no mercado de trabalho.

A formatura representa um marco não apenas para João Vitor e sua família, mas também para o movimento de inclusão no ensino superior brasileiro. Em depoimento, João afirma: “Primeiramente, estou muito feliz por me formar em Educação Física. Sempre foi um sonho realizar esse curso. Gosto muito de esporte e quero mostrar às pessoas que sou uma pessoa comum, mesmo com Down, capaz de tudo. Isso é uma realização enorme para mim. Eu sou o primeiro aluno da faculdade de Educação Física com deficiência intelectual a se formar. A faculdade abriu as portas, me acolheu muito bem e fui muito bem recebido.”

O pai, João Bosco, relembra a trajetória do filho desde o ensino fundamental até o vestibular, destacando sua coragem e persistência: “Quando ele terminou o ensino fundamental, uma psiquiatra disse que ele tinha chegado ao teto. Ele insistiu: queria o ensino médio, fez vestibular e Enem. Passou em quatro vestibulares, escolheu a PUC Goiás e hoje está se formando.”

Márcia Regina, mãe de João Vitor e defensora da inclusão, enfatiza que este é um dia de alegria, mas que a luta é coletiva: “Minha grande promessa foi que ele pudesse viver ativamente as oportunidades que aparecessem, e quero que outras crianças também tenham essa chance.” Ela ressalta a importância do apoio familiar incondicional para enfrentar desafios e rejeições, incluindo momentos difíceis que poderiam levar à desistência.

Este momento histórico fortalece o compromisso com uma educação mais inclusiva e com oportunidades iguais no mercado de trabalho no Brasil.