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Number Teddie lança segundo álbum “Miss Simpatia”, com 10 faixas intimistas e corajosas

Publicado a

34 minutos atrás

30 de outubro de 2025

por

Jean Capato

Escute: https://numberteddie.lnk.to/MISSSIMPATIA

O cantor e compositor Number Teddie mergulha em temas desconfortáveis, transformando vulnerabilidade em combustível criativo e profunda catarse pessoal. É com este enredo que chega “Miss Simpatia”, seu segundo álbum de estúdio. Com 10 faixas e produção de Rodrigo Gorky (produtor musical de Pabllo Vittar, Urias, Anitta), Zebu (Jão) e Carlos Bezerra (Priscilla), o disco foi concebido entre 2021 e 2024, representando o trabalho mais verdadeiro, maduro e especial que o artista já criou.

O título, “Miss Simpatia”, é a chave para o universo imersivo do álbum. O nome faz alusão ao prêmio de consolação dado em concursos de beleza, que reconhece a concorrente que não venceu, mas é notável por ser simpática e cordial. “Para ser uma pessoa simpática, você precisa ser um bom observador. Esse álbum é sobre o meu olhar como observador do mundo”, explica o cantor.

“Eu tinha um objetivo muito forte quando eu estava fazendo esse álbum, que era fazer um disco muito mais verdadeiro e maduro do que o primeiro, porque eu acho que os tópicos desse álbum são coisas que sempre me assustaram muito,” conta Teddie. O artista já passou por festivais como Rock in Rio e Lollapalooza e também é parceiro de composição de artistas como Pabllo Vittar, Alice Caymmi e Urias. “Eu sou uma pessoa que eu gosto de fazer arte, fazer música, com o que me dá medo, porque isso me empolga”, revela.

“Miss Simpatia” é um olhar de observação mais amplo sobre a vida, o amor, a indústria da música, e a relação do artista com o mundo e com o outro. Diferente do seu álbum de estreia, que era focado em emoções “à flor da pele”, este novo trabalho traz essas emoções sob uma lente de observação e reflexão.

“Escrever esse álbum foi uma experiência de catarse para mim, no sentido de que eu tive que me despir de muitas coisas e realmente ir para lugares muito sensíveis da minha cabeça e da minha existência para colocar na mesa questões que eu sempre tive muito medo de abordar. Meu primeiro disco, ‘Poderia Ser Pior’ falava muito de mim. Esse fala sobre minha relação com o outro”, diz o artista.

O álbum explora temas complexos, como abordado no single escolhido para puxar o álbum, “o homem mais triste do mundo”, que fala de um relacionamento e os dilemas em ser vulnerável e a dificuldade em ser e fazer o outro feliz. A produção capricha em transportar o ouvinte para essa dualidade, com acordes dramáticos.

Já “TODO HOMEM FAZ”, que foi o lead single do trabalho, é uma balada intimista que nasce de um lugar profundamente pessoal. Escrita a partir de vivências marcantes de sua infância, Teddie transforma dor em arte, explorando, com delicadeza, as marcas deixadas por experiências difíceis e a forma como elas moldam relações ao longo da vida.

Em “MD”, Teddie fala do abuso de substâncias e a “adolescência tardia” da comunidade LGBTQIAPN+, misturando uma letra pesada com arranjos leves e irônicos, conforme ele mesmo revela: “A gente quis criar esse contraste: uma letra sobre temas muito pesados, mas que ao mesmo tempo fosse divertida e irônica.”

Nessas e nas demais sete músicas que se seguem, o processo criativo foi marcado por uma busca incessante por autenticidade e profundidade, com Teddie rejeitando suas próprias demos que não o moviam.

“Uma parada que eu tive muito nesse projeto era eu olhar e pensar: ‘Ah, beleza, eu consigo escrever essa música. Essa música é legal’. Mas essa música não me traz absolutamente nada, então eu vou reescrever, ou então eu vou cavoucar em coisas muito mais assustadoras para realmente ter algo que me mova e algo que me faça sentir”, conta.

Todo o trabalho visual e criativo do projeto, que inclui o conceito de fotos rasgadas e a ideia de ser um “produto do seu próprio tempo”, foi detalhadamente pensado para trazer o ouvinte a esse ambiente, para trazer reflexões, fazer a diferença. É um espaço sensível e imersivo, onde Teddie observa o mundo com empatia e humor, transformando experiências pessoais em arte compartilhável. Sonoramente, o disco transita entre introspecção e libertação.

Com “Miss Simpatia”, Number Teddie, cumpre a missão de entregar um álbum que o libertou e que, certamente, irá conectar o público com sua geração de forma profunda.